04 fevereiro 2009

A Causa das Cousas

Não pensem que me vou estender com comentários ao brilhante livro de Miguel Esteves Cardoso. Não! Nada disso! Serve este post para vos mostrar o quanto o povo português é “bronco” ao ponto de surgir esta notícia no Jornal Público:

«Portugueses acham os "outros" maus condutores e 40 por cento sentem-se inseguros nas estradas.»

O português comum acha-se perfeito, não só na condução, mas em tudo aquilo que faz!

Se dissermos a um “gimbras” qualquer que a perfeição é utópica, ele dir-nos-á logo instantaneamente que isso é porque nunca o vimos a fazer isto ou aquilo. E então quando abordamos o tema da condução, isso então, caros amigos, não há melhor condutor do que o condutor português.

Fazendo uma análise ainda mais cuidada, chegamos rapidamente aos supra-sumos da condução que são os velhos! Os velhos, cheios de males e maleitas infinitas, assumem sempre que estão preparados para conduzir até o carro mais moderno e avançado tecnologicamente, ou então, por contraste a carroça com o burro mais teimoso. Essa é a pura das verdades! É precisamente por isso que hoje em dia vemos os velhos montados nos “rebenta-reformas”, quais Ferrari da era moderna que não carecem de licença de condução para serem “pilotados”, andam facilmente em contra-mão nas auto-estradas e outras demais estradas que mais parecem pistas de Fórmula Um, ou pistas aéreas, tal é a convicção dos condutores portugueses de que o seu carro é um autêntico avião a jacto que “trava antes de bater”, tal como dizia um tio meu que queria comprar um Volvo (isto nos anos 80) que tinha este tipo de tecnologia.

No final de contas, somos todos perfeitos, porque até eu próprio considero-me um excelente condutor! Mas sou tão bom, tão bom, tão bom condutor que só até capaz de reconhecer os meus próprios erros enquanto condutor, enquanto cidadão e enquanto “portuga” (com todos os seus defeitos e virtudes que define esta espécie humana da cauda da Europa)!

Tenho dito! Fui!