07 dezembro 2004

Da Quinta das Celebridades

O que é que poderá haver para escrever sobre este programa pobre, nauseabundo e sem qualquer tipo de conteúdo lúdico-educacional? Aliás, o que é que poderá haver para escrever que ainda não foi escrito? Pouca coisa... É por isso que vou escrever pouco ou nada acerca deste programa da televisão que vive (ou sobrevive, quiçá?) daquilo que é pouco útil para a sociedade e da notícia que não é notícia, não é nada...
Tenho perdido horas e horas a ver o programa, não concentrado nas baboseiras desmedidas e insensatas dum qualquer maricas que se diz conde "não-sei-do-quê" mas, basicamente, concentrado no que aquele programa tem de produtivo, didáctico, útil para a sociedade onde me insiro. Qual o objectivo primordial deste programa? Revelar do que é feita uma sociedade "jet-set", num contexto rural? Para isso, não é preciso gastar muito tempo e muito dinheiro... Vêm ter comigo a Beja e terão a oportunidade ver esses pseudo-capitalistas (e outros "istas") no seu ambiente rural (que eles tanto reivindicam como sendo o característico deles, quando nem sequer numa enchada sabem pegar...)! Quais David's Attenborough's, quais quê? Vocês seriam meros observadores destes mamíferos que se sustentam não se sabe muito bem como e que ostentam a maior riqueza do nosso país (tirando de parte, obviamente, a "maltinha" industrial do norte português). "Somos latifundiários", dizem eles... Barda-merda para eles e para quem quiser ser como eles! Não há nada mais pobre e triste do que ter dinheiro, não saber o que fazer com ele, ter uma propriedade e não saber sequer cavar a terra, lavrar, mondar, alquevar, etc. (e tal!)... Pobres de espírito e tristes de alma! Essa é que é a verdade!
Voltando, novamente, ao tema da Quinta das Celebridades: é triste ver tantas pessoas, algumas delas completamente desconhecidas para mim (como a Ana Afonso, a Fátima Preto, e a Paula "qualquer-coisa-porque-não-me-lembro-do-nome-da-gaja"), ganharem um ordenado sem fazer "nenhum"! Como é que isto é possível? Dessem-me o mesmo ordenado (podia ser até o ordenado mais baixo da Quinta, que eu não me importava...) e eu faria muito mais do que aqueles "abutres" fazem (mas não sei muito bem fazer o quê porque eles, já por si, não fazem nada). Mas nem mesmo as Noites de Gala (não sei o porquê de tal desígnio...) são produtivas, úteis ou didácticas. Certo dia, liguei a televisão e, qual não é o meu espanto quando vejo a Júlia Pinheiro (apresentadora que sempre acreditei ter qualidades para tal profissão até acabarem as saudosas "Noites da Má Língua") a conversar com um galo que estava no estúdio - Tcharan!!! Grande momento de televisão!!! Vocês podem estar a pensar: "Mas isso é o que ela faz constantemente com o Pavaroti (o burro - e, para além do mais, um desprimor para o tenor) nas tardes em que fazem o directo para a Quinta..." - têm razão! Concordo em pleno convosco! Mas é, precisamente, por isso que eu tanto contesto o visionamento (e inerentes perdas de tempo, dinheiro na electricidade e outras despesas/prejuízos) deste pobre programa de televisão!
Para terminar, porque já me alonguei no meu discurso, gostaria de vos colocar uma questão: Sabem o que é que mantém preso ao écrã para assistir a este "programita" de merda? Não sabem, pois não? Estou à espera do dia em que o burro, com a sua libido ao máximo, salte para a "espinha" da Júlia Pinhreiro! Isso é que era um GRANDE MOMENTO DE TELEVISÃO!
Sem ter mais nada para dizer...
Tenho dito! Fui!

Branco (a.k.a. Jefferson Fitipaldi)