01 maio 2016

Trabalhar no estrangeiro

Encontro-me a trabalhar no estrangeiro há já quase 3 anos. Sim, 3 anitos a trabalhar entre a Bifolândia (Reino Unido) e a Gosmalândia (Holanda).
Tem sido uma experiência extremamente enriquecedora a vários níveis:
  1. A nível pessoal, porque tenho vindo a aprender como é que as relações pessoais dependem do nível de formação pessoal e académica de cada um;
  2. A nível laboral, porque tenho vindo a aprender até que nível o meu trabalho é interpretado pelos meus pares;
  3. A nível emocional, porque tenho vindo a aprender a controlar-me quando lido com pessoas que só mesmo à bofetada é que entendem como é a ordem das coisas, dos processos;
  4. A nível intelectual, porque tenho vindo a aprender a tornar-me grunho por fora mas inteligente por dentro;
  5. et caetera.
 Não! Não estou aqui a dizer que não há boa gente a trabalhar comigo. Como em todo lado, aqui há boa gente e gente má. Alguns maus por natureza, outros maus porque entendem que esse é o melhor caminho. São esses mesmos que não entendem que esse não é definitivamente o caminho e que mais tarde ou mais cedo as merdas que fazem aos outros acabam por lhes acontecer mais cedo ou mais tarde. Por vezes a dobrar ou a triplicar.
No fundo, desde que comecei a trabalhar aqui, tornei-me numa pessoa muito mais paciente, que dá importância a quem tem importância e, às pessoas que não têm importância, porque tenho de trabalhar com eles, não lhes mostro os dentes nem quando estou a comer.