19 maio 2008

Breves Notas ou Notas Breves

Como devem imaginar, os meus caros leitores, a minha profissão (de Professor) tem mil e uma histórias para contar, mesmo contando com os poucos anos de serviço que tenho neste momento.
Hoje, gostaria de partilhar convosco duas pequenas histórias que podem ter duas pequenas interpretações:


  1. A primeira interpretação prende-se com o facto de terem piada (senão, não as colocaria aqui, obviamente!);
  2. A segunda interpretação está relacionada com a escravização dos pais pelos seus próprios filhos.

Assim, a primeira história que vos tenho para contar passou-se ao portão duma escola, onde eu já dei aulas. Uma aluna telefona ao seu encarregado de educação e diz-lhe:

"Anda já buscar-me! Vá que eu já 'tou farta de estar à espera e não quero estar muito mais tempo aqui! Ouviste?"

(Crescem tão rapidamente, não é? Os kiduxos...)

A segunda história não se passou comigo pessoalmente, mas considero-a tão deliciosamente perversa que não resisto a contá-la aqui no meu blog.

Estava então um colega meu a fazer uma avaliação através de teste escrito a uma turma do quinto ano de escolaridade, quando a meio do respectivo teste, um aluno torce-se e contorce-se com dores na barriga, quase a chorar. Estava aflito para ir à casa-de-banho e estava igualmente envergonhado para pedir ao professor para ir à casa-de-banho porque, como já referi anteriormente, tratava-se duma aula de avaliação. Mas, o meu colega reparou na situação que se estava a passar e disse ao aluno para ir à casa-de-banho, pois viu claramente que o moço estava a sofrer!

E lá foi o rapaz apressadamente para a casa-de-banho...

Teria corrido tudo bem, caso o aluno não tivesse demorado cerca de meia-hora para obrar, pois raras são as pessoas que demoram mais do que 10 minutos, a não ser que tenham um especial prazer ou até um fétiche qualquer relacionado com o acto de defecar. O aluno que estava a ser avaliado através duma ficha de avaliação (ou teste escrito), não gosta de defecar em sanita alheia e então o que é que fez? Assim que saíu da sala onde estava a realizar a ficha de avaliação, ligou para o seu paizinho a pedir que o fosse buscar à escola, pois estava um bocado atrapalhado dos intestinos e não podia sentar a peidola numa das 30 sanitas que estão à disposição dos alunos em qualquer escola deste pobre país. O melhor disto tudo, e contra todas as expectativas, é que efectivamente o paizinho do menino foi até à escola buscar o menino, voltou para casa com o menino, pôs o menino a arrear o calhau, deve ter limpo a arregadeira das nalgas do menino (ou então não!), meteu-o novamente dentro do carro e trouxe-o de volta para a escola.

Impressionante, hein? Que prestígio!!!

Se fosse o meu pai ou a minha mãezinha, garanto-vos que me borraria pelas pernas abaixo à espera que eles (os meus pais) me fossem buscar à escola! Aliás, qualquer um deles perguntar-me-ia: "Estás bêbedo ou quê?" Enfim, caros amigos, tirem as vossas próprias conclusões quanto ao que vos acabei de escrever...

Tenho dito! Fui!

Branco