05 agosto 2004

Anúnicos publicitários na televisão (parte 1)

A Coca-Cola Company sempre me surpreendeu pelos seus spots publicitários na televisão. Eram vistosos, cheios de efeitos especiais, com situações insólitas, etc... Mas, há relativamente pouco tempo, lançaram para o pequeno écrã o anúncio mais infeliz da Companhia: Um empregado de mesa monhé, com a mania que é artista de variedades e que é guru de uma qualquer seita hindú e, ainda por cima, pedófilo. Ora, sabendo de antemão que os monhés ou vendem móveis, ou tapetes ou rosas, logo é impossível ele ser empregado de mesa. Este é o primeiro ponto e é ponto assente. Depois, um monhé que seja artista de variedades não teria muito sucesso no nosso país porque, no final de cada concerto, em vez de vender os discos de sua (ou de outra) autoria, venderia sempre artigos de decoração, nomeadamente, móveis, tapetes, candeeiros, rosas, etc. E, como se sabe que o nosso povo português gosta sempre mais de um móvel fabricado em Paços de Ferreira (aproveito para referir que Paços de Ferreira é a Capital do Móvel em Portugal, para quem não sabe - Duh!?!) com as nossas madeiras queimadas pelos fogos que aconteceram e acontecem no nosso país, a um móvel que vem das fábricas "espanhuelas"; o nosso povo português gosta mais de um "tapetito" de Arraiolos a um tapete persa da candonga; o nosso povo português gosta mais de um candeeiro italiano ou de um "candeeirito" da Marinha Grande a um candeeiro de Marrocos (que, não sendo muito específico em termos geográficos, é quase Portugal) passado ilegalmente nas nossas fronteiras lusas; o nosso povo português gosta mais de um belo arranjo de flores "gamado" num qualquer cemitério do nosso país a uma rosa envolta num papel selofane da treta; etc... Portanto, e neste ponto, este monhé estava condenado ao fracasso. Em relação ao ser guru (ou não) de uma seita hindú, este gajo já era capaz de ter algum sucesso, dado que o nosso povinho é todo dado às crenças do além. Ele é Igreja Universal do Reino de Deus, ele é Igreja Maná, ele é Igreja Adventista do 7.º Dia, ele é uma catrefada delas... Talvez aí o monhé se safasse...Por fim, no ponto que eu acho que é mais importante e depois de tanto se falar na pedofilia no nosso país, a Coca-Cola é extremamente infeliz em colocar um anúncio publicitário com uma letra de música lasciva e provocante com conceitos e conteúdos sexuais pedófilos. Eu vou atrever-me a colocar aqui a letra da música tal e qual ela é cantada pelo monhé:"Dé PITA Dé, Dé PITA Dé, Dé PITA Dé, Dé PITA BUM!"Se analisarmos gramaticalmente esta letra podemos observar que no primeiro verso ele lança o mote e reforça-o nos dois versos seguintes. O mote que é lançado é manifestamente provocatório e lascivo, dado que ele diz que "a pita dá, a pita dá, a pita dá". Ora todos nós sabemos o que é uma "pita", não é verdade? Ora se a pita dá a pita dá, a pita dá o quê? A resposta vem logo a seguir no quarto e último verso: "a pita bum!". Toda a minha gente sabe o que é o bum-bum? Ora se a pita dá o bum-bum, a pita está a praticar sexo anal com o nosso monhé! E isto, meus amigos, não se faz... Não se faz e eu não sei como é que a Polícia Judiciária consentiu que este anúncio fosse transmitido, não sem antes prender o suspeito de pedofilia - o MONHÉ!Para além do mais, a Coca-Cola já havia convidado outros suspeitos de pedófilia a participarem nos seus anúnicos, nomeadamente, o Miguel Joaquim (Michael Jackson, em português)...É por isto que eu vou deixar de beber Coca-Cola, para além de me fazer gases com'ó caraças (em que ando noites inteiras a cagar-me que nem um santo) com "molho" à mistura, é patrocinadora de actos pedófilos... É este o mundo que temos... É este o país que temos... É esta a publicidade na televisão que temos...
Tenho dito! Fui!

Branco (a.k.a. Jefferson Fitipaldi)